Especialistas debateram os custos crescentes da saúde no Brasil e os desafios que devem ser superados nos próximos anos.
São Paulo – o Uso inteligente da tecnologia e dos dados disponíveis, novas políticas públicas, a manutenção e a melhoria do sus, a modernização das escolas de Medicina e o aumento da eficiência na integração dos setores privado e público. Estas foram algumas das propostas para a saúde debatidas durante o evento de EXAME no Fórum de Saúde hoje (12), em São Paulo, organizado pelo EXAME e pela Amil.
No debate “O acesso à saúde e os custos crescentes no Brasil”, participaram Gonzalo Vecina Neto, professor da USP e ex-presidente da Anvisa; Eliane Kihara, sócia da PwC na área de saúde; e Edgar Rizzatti, diretor médico e técnico do Grupo Fleury. André Lahóz, diretor de redação da EXAME, mediou a conversa.
Um dos pontos centrais foi o consenso de que faltam propostas claras para a saúde nas eleições presidenciais desse ano. Confira os principais pontos da conversa:
Faltam propostas claras
Para os especialistas, a discussão política na campanha eleitoral, está empobrecida. As candidaturas estão sem foco e o tempo mais curto para as campanhas até o 1º turno contribuiu para isso.
“Eu li os treze programas dos presidenciáveis. É desastroso. Não existe em nenhum dos ali propostas claras para a área da saúde. Alguns comprometem-se com os SEUS, mas isso é básico, não é a discussão não manter o sistema único de saúde”, analisa Gonzalo Vecina Neto.
Para o professor, a falta discutir a questão do congelamento de despesas por vinte anos proposto pela emenda constitucional 95, chamada por muitos de “PEC do fim do mundo”. A PEC afeta diretamente as áreas de saúde e educação, por exemplo.
Edgar Rizzatti, diretor médico e técnico do Grupo Fleury, concorda que falta um ponto tal em que o debate dos candidatos. “Não vemos as preocupações claras dos candidatos com a saúde, não vemos a preocupação em discutir a questão do subfinanciamento da área da saúde. Há uma ruptura entre o que a população quer saber sobre a saúde e o que os candidatos falam”, diz.
Fonte: Exame