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C. Branco: Vender a Petrobras não está na agenda; Bolsonaro fala em partes

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Fonte: Valor Econômico

(Atualizado às 19h13) O indicado para ocupar a presidência da Petrobras no governo Jair Bolsonaro, Roberto castello Branco, disse em entrevista ao Valor, que, como economista, é favorável à privatização da Petrobras, mas salientou que o problema não está na agenda da nova administração. Observou, no entanto, que ainda se realiza uma avaliação de como agir com relação a outros sectores em que a Petrobras atua, como refino e distribuição de combustíveis, logística de gás e outros.
Ele evitou ser taxativo, mas indicou que essas áreas não serão prioritárias e podem ter diferentes destinos, como a venda. “Temos que definir a alocação de capital, o que é mais rentável para o acionista, incluindo os acionistas que o povo brasileiro”, disse.

Jair Bolsonaro, por sua vez, afirmou nesta segunda-feira que “alguma coisa (Petrobras) pode-privatizar, não toda.” O presidente eleito disse que a empresa é estratégica e que poderia “ser privatizada em partes”.

Em uma conversa rápida com a imprensa, o futuro presidente preferiu deixar a análise sobre o tema em aberto. “Estamos conversando. Eu não sou uma pessoa obstinada, mas temos que, com muita responsabilidade, levar adiante um plano como esse daí. Vi lá atrás com muito bons olhos a questão da Embraer. Então, podemos falar, né? Agora, eu entendo que seja uma empresa estratégica, que pode ser privatizada em partes”, disse.

Como o Valor já se mostrou anteriormente, o time dirigido por Paulo Guedes considera-se fazer a privatização de várias filiais de empresas estatais, entre elas as da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

Em sua produção, como economista, Eduardo Branco declarou-se a favor da venda dos ativos de refino e distribuição da empresa. Em um artigo publicado pelo Valor de 8 de maio, intitulado “Privatizações envergonhados”, Castello Branco escreve que “tanto na refinaria como na distribuição, a Petrobras, por razões estruturais inerentes a uma empresa estatal, não demonstrou possuir a competência necessária para ser a dona natural destes negócios”.

Também criticou o controle de preços de combustíveis praticados pela estatal. Notícia publicada pelo Valor em 2015 ressalta que ele questionava a intervenção governamental no setor de petróleo e gás nos últimos anos e considerou que o regime de repartição como “prejudicial” para a Petrobras e para o Brasil.

Pré-sal e eficiência

O Valor, Eduardo Branco, disse que a prioridade de sua gestão à frente da estatal será concentrar esforços na exploração de petróleo na camada pré-sal. Ele lembrou que há uma “revolução energética” em curso e que, por isso, é necessário acelerar a exploração dessa riqueza, de forma a gerar maior valor para a empresa.

“O pré-sal tem uma altíssima produtividade. A empresa conta com a tecnologia e temos que concentrar os recursos financeiros e humanos nesta oportunidade”, disse castello Branco. “Temos que concentrar mais esforços no pré-sal”, disse ao ser perguntado se esse não será o foco atual da empresa.

Em relação à estratégia para o quadro de pessoal, Castello Branco disse considerar que a empresa já vem fazendo um bom esforço para ter um quadro mais claro. “A empresa já vem fazendo um esforço bem. Não pretendo fazer grandes mudanças. A empresa conta com profissionais muito bons. Não pretendo fazer mudanças revolucionárias ou drásticas”, disse.

De acordo com castello Branco, a determinação geral que recebeu do futuro ministro de Economia, Paulo Guedes, é que a empresa se insere nesse esforço de certificar-se de que a prosperidade econômica não seja atropelada pelo peso do Estado. “A ideia é uma Petrobras, muito mais eficiente”, disse.

Castello Branco afirmou que ainda fará uma análise mais profunda sobre os dados da empresa, suas subsidiárias e projetos e temas de interesse dela no Congresso Nacional. “Eu também preciso mergulhar nos detalhes da Petrobras”, disse.

Boas-vindas do mercado

Os Analistas do mercado financeiro reagiu bem à indicação de Castello Branco para presidir a Petrobras. Para a consultoria de risco político Eurasia Group, a escolha traz perspectivas positivas para o setor de petróleo e gás no país e para a gestão da empresa, com uma orientação para o mercado, ao contrário da pesada influência política exercida pelo governo petista. Eurásia, no entanto, não se aposta a uma eventual privatização. “Como o tema da privatização das coroas do Brasil continua a ser um tabu, e o próprio Bolsonaro é o contrário, a medida dificilmente será levada adiante”, diz a consultora em seu relatório.

O banco UBS, destaca-se a visão de “pró-mercado” que o economista deve aplicar a estatal, com o possível apoio a ações como a flutuação dos preços dos combustíveis e a privatização das refinarias e da BR Distribuidora.

Para o diretor da agência da CM Capital Markets, Fernando Barroso, os papéis da Petrobras guardam um potencial de alta importante com a confiança de uma gestão alinhada à governança corporativa e a eficiência esperada de castello Branco, que já se declarou a favor da privatização na área de refinação e distribuição”.

No relatório, a Guia de Investimentos lembre-se que o economista já ocupou cargos de direção no Banco Central e no Vale. “Além disso, Castello Branco já fez parte do Conselho de Administração da Petrobras e tem desenvolvido projetos de pesquisa na área de petróleo e gás”, diz a instituição. O Guia diz que Eduardo Branco está alinhado com o perfil do governo Bolsonaro, tendo competência para dar continuidade ao processo de desalavancagem financeira e a melhoria operacional da Petrobras conduzido pela gestão de Ivan Monteiro.

Fonte: www.sindigas.org.br/novosite/?p=13299

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