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Ultra vê 2019 melhor para todos os seus negócios

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Fonte: Valor Econômico

Curado, presidente da Ultrapar: “A rápida desalavancagem vai dar flexibilidade adicional para finalmente fazer novos investimentos”
Depois de um ano de ajustes, que abarcaram a condução dos negócios, a estratégia de alocação de capital e a simplificação da estrutura, o grupo Ultra prevê para o ano de 2019 a melhoria dos resultados de todos os seus negócios, em especial, a distribuidora Ipiranga. A mensagem otimista, de que o ano que vem será de retomada do crescimento, abriu e fechou o encontro anual do comando da Ultrapar com analistas e investidores ontem, em São Paulo.

“Sofremos nos últimos anos, como todos sofreram, com a contração da economia brasileira. Mas dedicamos um esforço muito grande ao longo de 2018 para reforçar os processos e as alavancas que nos permitirá retomar o crescimento em 2019”, disse o presidente da Ultrapar, Frederico Curado. O executivo confirmou que os investimentos do grupo em 2018 será “significativamente” abaixo do orçamento original, de cerca de R$ 2,7 bilhões, provavelmente na casa de R$ 2 bilhões. O corte reflete o desejo do Ultra de crescer “com qualidade”, com foco em uma análise mais profunda dos projetos, em vez de dispender capital de forma mais agressiva. “Vamos buscar critérios mais claros para investir e desinvestir, nós vamos procurar a racionalidade”, afirmou.

Dona de 100% de seus cinco principais negócios e presente em algumas associações, a Ultrapar pode ser mais flexível em relação à estrutura de capital a partir de agora, disse Curado. “Isso pode desbloquear alguns dos valores e facilitar os investimentos no futuro”, explicou. Por outro lado, a sociedade acredita que faz a diferença na gestão de negócios e, portanto, é acionista controlador ou de referência das empresas que administra, com a participação direta dos resultados.

Como investidor, afirmou o executivo, o grupo olha para empresas que têm o potencial de participação de mercado relevante, boa geração de Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e a transformação desse resultado na caixa e lucro líquido. “Olhando para o atual portfólio, vemos essa característica em todas as empresas. Mas há fases diferentes entre [as empresas]”, disse, referindo-se principalmente ao momento atravessado pela rede de farmácias Extrafarma e a Ipiranga.

De acordo com o Cura, o terceiro trimestre correspondeu ao pico de alavancagem financeira em muitos anos para o grupo, mas a visão é a de que esse índice vai cair rapidamente com o crescimento do Ebitda e uma maior disciplina de capital. “A rápida desalavancagem vai dar flexibilidade adicional para finalmente fazer novos investimentos”, acrescentou.

O diretor financeiro da Ultrapar, André Pires, destacou que a distribuidora de combustíveis já experimenta recuperação, com a melhoria dos volumes e dos resultados de forma sequencial. Em 2019, o crescimento dos resultados será “significativo”. “Está claro que estamos em uma fase de franca recuperação e na seqüência. O crescimento dos resultados tem sido muito forte nos últimos anos, apesar do cenário que começou a se modificar em 2017 e a expectativa é de inflexão dessa curva”, afirmou. Para o próximo ano, a tendência de recuperação será mantida, com a melhoria dos volumes ajudando a rentabilidade.

De acordo com o diretor-geral do Ipiranga, Marcelo Araújo, no curto prazo, a expectativa é de retomada gradual da demanda de combustíveis, na esteira da confirmação da retomada econômica, mas ainda em um ambiente de competição desafiador. “Mas com muito menos distorções que nos últimos 24 meses e um período com alguma volatilidade, devido aos debates em torno das definições regulatórias que estão postas em debate”.

O terceiro trimestre correspondeu ao pico de alavancagem financeira em muitos anos para o grupo

Passado esse momento, a Ipiranga vê a retomada mais consistente e significativa na demanda por combustíveis líquidos, com o avanço da participação dos biocombustíveis. Araújo acredita que o etanol será um “fader do sistema de eletrificação no Brasil”, referindo-se aos carros elétricos. O papel relevante do biocombustível para a economia brasileira, afirmou, deve-se prolongar o processo de migração para os veículos elétricos. A Ipiranga trabalha com a previsão de crescimento da demanda doméstica de combustíveis líquidos até 2040 ou 2045.

“Esse novo ciclo de crescimento também virá com uma mudança do consumidor, que está mais exigente, quer experiências melhores, mais conforto e mais digital”, disse o executivo. Diante disso, a rede está adotando uma nova estratégia de posicionamento como plataforma de negócios apropriados, que facilitem o dia-a-dia e a mobilidade das pessoas.

Para a Ultragaz, a expectativa é a de resultados crescentes em 2018, com a continuidade desta tendência no ano de 2019, mas em menor ritmo do que o verificado nos últimos dois anos. “A geração de caixa cresce, o que viabilizará a busca de crescimento orgânico e inorgânico”, acrescentou Pires.

A empresa de distribuição de GLP do grupo está atento às oportunidades de aquisição no mercado brasileiro e no exterior. Segundo o executivo Tabajara Bertelli Costa, que está em período de transição para assumir o comando da Ultragaz, apesar da frustração com a negativa do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a compra do Equipamento, “não estão fechadas as oportunidades orgânicas e inorgânicas no Brasil”. “Vemos uma oportunidade inorgânica no país e estamos à procura de uma forma mais estruturada no mundo e, em especial, neste momento, mais o continente americano”, em especial a América Latina.

Segundo Tabajara, o grupo busca de algumas funcionalidades específicas para o que será a porta de entrada da Ultragaz no mercado internacional, como um mercado com uma regulação tão evoluída como a do Brasil, e o potencial de que a eventual aquisição pode trazer para os negócios. Olhando para a operação atual, acrescentou o executivo, os planos incluem três investimentos relevantes em infraestrutura nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com um impacto importante na participação de mercado da empresa.

Na Ultracargo, comentou o diretor-geral Ricardo Catran, áreas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) são avaliados com cuidado por parte da empresa, uma vez que constituem “pontos importantes de crescimento”. Em 2019, a capacidade instalada da Ultracargo vai crescer 16%, em 814 mil metros cúbicos. De acordo com Catran, considerada a previsão de crescimento da demanda de combustíveis, químicos e etanol até 2034, o Brasil terá de dobrar a capacidade instalada de armazenagem de granéis líquidos, para 6 milhões de metros cúbicos. Isso abre oportunidades de investimento da ordem de R$ 8 bilhões.

Em termos de crescimento orgânico, a Ultracargo tem projetos em Santos (SP), Itaqui (MA) e Suape (PE), todos em terrenos já existentes, além de Aratu (BA). “Temos também as renovações antecipadas dos contratos de arrendamento de Suape e Aratu, que vamos iniciar o ano de 2019, uma vez que é um processo longo, que requer uma discussão profunda com a Antaq, Ministério dos Transportes e das Companhias Docas”, acrescentou.

Para a Oxiteno, que acaba de inaugurar uma fábrica em Pasadena, nos Estados Unidos, a previsão é de melhora substancial do Ebitda em 2018 e continuidade del tipoonamiento em 2019. De acordo com o presidente João Parolin, agora o objetivo é ocupar as capacidades existentes no Brasil e no México. Na Extrafarma, a estratégia de expansão de lojas em 2019 será centrada em três Estados: São Paulo, Bahia e Pernambuco, de acordo com o presidente da rede de farmácias, Rodrigo Pizzinato. “A abertura desses Estados permite que, com o espessamento, venham para a abertura de centros de distribuição e os benefícios de fazê-lo nas margens”, disse

Fonte: www.sindigas.org.br/novosite/?p=13360

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