Se chega à farmácia com a receita médica e pede um certo medicamento. Entre as opções disponíveis no estabelecimento há, além do medicamento de referência, a versão genérica e similar. É nesse momento que a dúvida bate-papo: qual é a diferença entre os três? Será que faz mal a mudar?
— Todos têm o mesmo efeito, já que passaram por testes que demonstraram estar na mesma quantidade que o medicamento de referência, e que serão absorvidos pelo organismo da mesma forma. Não há necessidade de ter medo, porque as provas que demonstram a eficácia deles são rigorosamente monitorados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e as empresas produtoras de medicamentos — diz Tania Mouço, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro.
O grande atrativo do genérico é o preço: pelo menos 35% menor do que o medicamento de referência, um percentual mínimo determinado por lei.
— Os medicamentos de referência, a serem desenvolvidos exigem grandes investimentos em pesquisa das indústrias e, normalmente, levam muitos anos para ser concluída. Após esta etapa, ainda há grandes investimentos em publicidade. Portanto, são mais caros — explica o professor Francisco Alves, coordenador do curso de Farmácia da Unisuam.
Patente pode ser quebrado antes de tempo
Quando uma farmacêutica desenvolve e demonstra a eficácia de um medicamento, ganhe 20 anos de exclusividade no mercado para recuperar o dinheiro investido em pesquisa. Passado este período, a fórmula do medicamento se torna pública, o que abre a possibilidade da produção de genéricos. Mas, o monopólio pode ser quebrado antes de tempo.
— Isto pode acontecer em caso de uma emergência nacional ou de interesse público para a fabricação desse produto patenteado. Isso aumenta o acesso a medicamentos a um custo mais baixo — diz Tania Mouço, do Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro.
A mudança de um medicamento de referência por um genérico ou similar deve ser autorizada pelo médico.
Fonte: Extra